A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O cristal do poema (de Alma Welt)

Sabemos que o poeta não tem fim
E fica vicejando eternamente,
Não porque não morra ou coisa assim,
Mas porque o que lança é a semente.

Pois o poema em si morre e se refaz
No pensamento vivo que o defronta,
Como uma alma que não tendo paz
Volta porque ainda não está pronta.

Assombrados então pelo poema
Convivemos com mundos perdidos
De palavras e seu pródigo sistema

De trazer-nos o espelho das idades
Pra que possamos ver-nos refletidos
No cristal terrível das verdades...

(sem data)

Nenhum comentário: