A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

sábado, 4 de setembro de 2010

A Poetisa (de Alma Welt)

Então vede como a Poetisa nasce!
Seu estro do Nada não brotou,
Mergulhada que tem a sua face
Na Alma do Mundo que espelhou.

Ela sou eu, tu és e somos nós...
Sua alma está em nós disseminada,
Tanto mais que paga o preço atroz
De ter a sua existência duvidada.

Mas ao debruçar-se sobre o verso
Nas horas de prazer ou de agonia
Descobriu seu consolo no adverso...

Pois se muito sofre quem amou,
Mais beleza planta quem a cria
E torna-se ela própria o que criou...

(sem data)

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